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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Descoberta de uma duvida,


Meu simbolismo é silencioso como uma borboleta nadando no ácido.
O quê fazer com ele?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

cortejo júpteriano.

Por mim não da pra dizer basta e me jogar em pensamentos abstratos
Quando esse sentimento nada pudico e doloroso se desdobra em mil e um sonetos.
Vem de leve ao leu, continua fluindo pro abismo, sem devaneios tolos sem deixar rastros.
Não gostaria apenas de usufruir desta fúnebre alegria
Me soltar do chão sem sequer olhar pra cima
Nem fechar meus olhos e vestir por mais invisível que seja essa falsa fantasia.
Mas por que me condeno de tal ato se sempre faço justamente ao avesso?
Deixo a correnteza ser mais forte e me levo novamente ao recomeço.
Agora desdobro-me sem frieza pra conseguir aceitar
Como seria fácil, assim desse jeito
Sem pudores te amar.
Mas pela lastima do destino nada convencional
É preciso agora voltar ao chão
Pra conseguir dar um ponto final.

Você e sua velha mania de quebrar promessas...

‘’Minhas epifanias eram motivo de suas risadas.’’
(Pt. I)
É claro que não.
Não adianta virar os olhos, cortar cabeças e brincar com elas em um campo de rosas brancas não é tão doce. Você tem certeza que seu coração bate o tempo inteiro, mas na verdade ele esta parado quase a maior parte do dia, sua ilusão boba infantil te faz achar que não, mas na verdade você nem repara.
- Eu quero acreditar nesse vento breve e passageiro.
- Você não consegue. Viver dói pequena, nada mais.
Seria muito mais fácil quebrar a cara num espelho e aceitar tudo que passa pela sua cabeça.
- Mas eu não quero.

E quando menos espero lá vem você de novo, rindo de mim, me empurrando de abismos, trocando meus sentimentos como se troca uma rosa murcha do vaso da sala de estar.Vem com esse olhar sínico, zombando, e eu aqui fazendo de tudo pra segurar meus tremores – conseqüências do meu descontrole emocional - e fingir que tudo esta exatamente como deveria estar.
‘’viver dói, eu já disse.’’
...
Mas chega de auto-reflexões, por agora.

domingo, 8 de agosto de 2010

Prescindindo cordialidades francas.

Se me abstenho de armadilhas compadecidas é por que não enxergo.
Esse erro genuíno e imoral passa por de traz dos meus olhos.
Não caminho sobre penugens pomposas e avermelhadas e esse aroma doce não me hipnotiza, nenhuma trança de serpentes me acorrenta e o único veneno que conheço é o meu. Seria deveras dissimulado falar de pieguices aleatórias, como um bom ‘byronista’; escarro e piso em cima de sentimentalismos exacerbados, inferindo notória singularidade dessa crendice humana - que se faz necessária por hora, por honra ou desonra do seu ultimo e impetuoso alicerce.
E o que posso dizer? Que prefiro correr sobre contradições a abraçar um ramo de espinhos;
Quero me bastar apenas de rosas já desabrochadas e me desapropriar do zelo cauteloso de um jardineiro.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Desaparecer.

Num instante apenas me vi desaparecer em frente ao espelho, não gritei, não chorei, nem me desesperei afinal de contas não era nenhum mistério que mais dia menos dia isso iria acontecer. Apenas me sentei e fiquei olhando minha imagem se desfragmentar lentamente enquanto minha boca formava um sorriso cordial e tímido com um tom moderadamente cômico e extremamente sarcástico, que logo virou uma gargalhada.
Gargalhada sim, com pequenas pitadas de desespero e alegria que dançavam avulsamente a meu redor de forma com que eu não conseguisse distinguir qual era qual.
Olhei pra baixo e logo em frente às minhas pernas cruzadas no chão achei um emaranhado de lembranças que logo em seguida comecei a desembaraçar fio por fio.
''Nunca pensei que desfazer nós de lembranças fosse tão difícil''
Percebi que os grãos de desespero e alegria palpitavam desse emaranhado como pipocas pulando de uma panela quente, percebi também - logo no inicio - que seria em vão lutar contra esses fragmentos saltitantes que teimavam em me rodear, pois eles não eram como mosquitos que se assustam com proximidade e se afastavam para voltar logo depois. Eram constantes e extremamente presentes, tão presentes ao ponto de me causarem certas náuseas ao ficar observando aquela apresentação de danças e pulos que acontecia diante de mim, talvez tenha sido exatamente por isso que eu não tenha percebido que aquelas mariposas insólidas e incolores começaram a me envolver lentamente em um invólucro invisível.
Sim, ao desaparecer passei a morar em um casulo - invisível - de desespero e alegria.
Uma crisálida ainda sem cor, mais pendente pro dourado.
No chão do aposento ficou o emaranhado quase desembaraçado das minhas lembranças, meu reflexo já sumiu e o invólucro parece me fazer flutuar num mar de brisas. O tempo não é linear aqui dentro, posso estar aqui há dias ou há décadas, minha voz foi silenciada - já que ninguém pode ouvir quem só consegue falar consigo mesmo - e tudo que posso fazer até o devido momento é tentar descobrir que cor vou adquirir e ficar soprando estrelas nas paredes do casulo que agora possui um cheiro semelhante á constelações. Gosto deste cheiro.
Esperar o fim da crisálida não é difícil quando se mora em uma pequena galáxia fechada, nem me tormenta mais pensar que minhas lembranças não foram devidamente desembaraçadas.
Sair com asas é o que importa agora, meu desaparecimento coexiste com minha metamorfose e tudo fica mais brando quando se aceita sua própria prisão.
Por bem ou mal, quando você desaparece você enxerga estrelas.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Indiscutivel.

Um ponto pela audácia e nada mais.(O resto não importa)
Vire-se e volte pra sombra, a luz machuca os olhos.
Escarre lisergia na garganta seca destes cegos.
Use sua casca para se proteger, o que tem por dentro não interessa a quase ninguém.
Corte os finos fios de cabelo que costuraram em sua boca.
Respire o som devagar, para que cada nota musical entre e encha seus pulmões.
Sinta a dor de um par de asas crescendo em suas costas.
Seja livre e prisioneiro de sua própria liberdade.
Sussurre velhas canções e faça estrelas surgirem.

Agora apague a ultima vela acesa da casa e feche a porta quando sair, mas deixe sutis rastros de loucura para que eu possa te seguir...



''Você cresceu em mim como um câncer.''