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terça-feira, 24 de agosto de 2010

cortejo júpteriano.

Por mim não da pra dizer basta e me jogar em pensamentos abstratos
Quando esse sentimento nada pudico e doloroso se desdobra em mil e um sonetos.
Vem de leve ao leu, continua fluindo pro abismo, sem devaneios tolos sem deixar rastros.
Não gostaria apenas de usufruir desta fúnebre alegria
Me soltar do chão sem sequer olhar pra cima
Nem fechar meus olhos e vestir por mais invisível que seja essa falsa fantasia.
Mas por que me condeno de tal ato se sempre faço justamente ao avesso?
Deixo a correnteza ser mais forte e me levo novamente ao recomeço.
Agora desdobro-me sem frieza pra conseguir aceitar
Como seria fácil, assim desse jeito
Sem pudores te amar.
Mas pela lastima do destino nada convencional
É preciso agora voltar ao chão
Pra conseguir dar um ponto final.

Você e sua velha mania de quebrar promessas...

‘’Minhas epifanias eram motivo de suas risadas.’’
(Pt. I)
É claro que não.
Não adianta virar os olhos, cortar cabeças e brincar com elas em um campo de rosas brancas não é tão doce. Você tem certeza que seu coração bate o tempo inteiro, mas na verdade ele esta parado quase a maior parte do dia, sua ilusão boba infantil te faz achar que não, mas na verdade você nem repara.
- Eu quero acreditar nesse vento breve e passageiro.
- Você não consegue. Viver dói pequena, nada mais.
Seria muito mais fácil quebrar a cara num espelho e aceitar tudo que passa pela sua cabeça.
- Mas eu não quero.

E quando menos espero lá vem você de novo, rindo de mim, me empurrando de abismos, trocando meus sentimentos como se troca uma rosa murcha do vaso da sala de estar.Vem com esse olhar sínico, zombando, e eu aqui fazendo de tudo pra segurar meus tremores – conseqüências do meu descontrole emocional - e fingir que tudo esta exatamente como deveria estar.
‘’viver dói, eu já disse.’’
...
Mas chega de auto-reflexões, por agora.

domingo, 8 de agosto de 2010

Prescindindo cordialidades francas.

Se me abstenho de armadilhas compadecidas é por que não enxergo.
Esse erro genuíno e imoral passa por de traz dos meus olhos.
Não caminho sobre penugens pomposas e avermelhadas e esse aroma doce não me hipnotiza, nenhuma trança de serpentes me acorrenta e o único veneno que conheço é o meu. Seria deveras dissimulado falar de pieguices aleatórias, como um bom ‘byronista’; escarro e piso em cima de sentimentalismos exacerbados, inferindo notória singularidade dessa crendice humana - que se faz necessária por hora, por honra ou desonra do seu ultimo e impetuoso alicerce.
E o que posso dizer? Que prefiro correr sobre contradições a abraçar um ramo de espinhos;
Quero me bastar apenas de rosas já desabrochadas e me desapropriar do zelo cauteloso de um jardineiro.