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terça-feira, 13 de julho de 2010

Sonilóquio de um desajustado.

Eu sou tudo aquilo que desequilibra, sou o pior tipo de estirpe terrestre existente, eu sou o que todos anseiam pela partida e temem pela chegada, eu ceifo cada grão de vitalidade e sugo a meu vil e vão prazer pequenas essências de felicidade que pairam pelo ar. Faz parte de mim desejar o indesejável e comer alegria.Preciso, sinto e necessito de atenção, me alimento da sua paciência e nunca me dou por satisfeito.Vomito palavras cruéis e desentendimentos, farejo você até embaixo do mais úmido e fétido canto de agonia. Te observo como uma águia e te persigo até o fim do túnel, não vivo sem calor humano. Sou o seu pior pesadelo.
Se persisto em te perseguir por labirintos floridos, desistas de fugir. Vou atrás de você não importa o quão me jogues para longe, sou como um bumerangue, uma reação que não precisa de ação, sou a mais abominável das criaturas e tenho um amargo orgulho quanto a isso.
Mereço que cada lamento meu seja usado como uma lâmina afiada sedenta por um corte fino e silencioso que sangra a garganta amaldiçoada lacera a jugular e banha minha boca em sangue, calando - me.
Se livrar de mim é distante como o próprio céu e a tormenta de minha existência engolirá você mais rápido que o amanhecer, todo cuidado é pouco pra quem foge.
Todo e qualquer desespero me completa.

3 comentários:

Bebel. disse...

E eu ainda consigo me surpeender com a sua capacidade mental... Txamu! =*

Unknown disse...

Entre 'amaldiçoada' e 'lacera', na quinta linha de baixo pra cima, tem uma vírgula.

Isso parece o GITA do Raul Seixas, só que pós-punk. Gostei ^^

angelflavour disse...

coisiiiiiiiiiinhas!